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Você sabe o que é atrofia vaginal?

Você sabe o que é atrofia vaginal?

Uma pesquisa mostrou que 56% das mulheres na pós-menopausa possuem sintomas de atrofia vaginal no Brasil. E apesar de ser algo que acontece em mais de metade das mulheres, muitas não sabem do que se trata, e não sabem identificar o que está acontecendo no seu corpo.

Inclusive a pesquisa também aponta que apenas 20% das mulheres que sofrem dessa patologia procuram ajuda médica. Ou seja, muitas mulheres deixar de buscar ajuda, quando poderiam contar com um tratamento adequado, que as ajudariam a viver com mais qualidade de vida, e com bem estar.

Algumas poucas mulheres que já ouviram falar sobre, acreditam que é uma patologia ligada à menopausa e que aparece apenas em mulheres nessa fase. Porém, esse é um problema que não está ligado à idade e que precisa ser compreendido, pois pode ser tratado para trazer melhor bem estar para a mulher.

Por isso, vamos entender um pouco mais sobre o que é a atrofia vaginal, suas causas e como identificar os sintomas no seu organismo.

O que é?

A atrofia vaginal também é chamada às vezes de atrofia urogenital ou vaginite atrófica. Basicamente é uma patologia que acomete mulheres e que causa o ressecamento da vagina.

O prurido e o incômodo na região também estão muito presentes nas pacientes. Tudo isso é causado pois o revestimento da vagina fica mais fino e ressecado e é isso que gera os sintomas sentidos pelas mulheres que sofrem com essa patologia.

O maior problema desta patologia é o fato de que ainda existe muito tabu e muitas mulheres ficam acanhadas e sentem vergonha na hora de conversar com seus médicos a respeito do que está acontecendo.

Existem muitas causas para a atrofia vaginal, e para que o tratamento seja adequado é preciso primeiramente entender o que está causando isso no seu corpo.

Causas

A atrofia vaginal pode ser causada por vários fatores, tais como: consequência do envelhecimento natural, pós parto, infecções de repetição, bloqueios hormonais (uso de contraceptivos orais), menopausa e suas alterações hormonais (principalmente a queda na produção do estrogênio) entre outros.

São diversas as causas além da menopausa que podem causar a atrofia vaginal, como por exemplo, período pós-parto, amamentação, cirurgia de retirada dos ovários ou uso de remédios para o tratamento do câncer.

Ela está normalmente ligada à queda na produção do estrogênio no corpo. Inclusive, o corpo da mulher passa por uma queda muito grande na produção desse hormônio no período pós-parto.

O período de amamentação do bebê, dentro do corpo feminino é muito parecido com o período de menopausa, e por isso muitas mulheres comentam que tem problemas para voltar a ter uma vida sexual ativa quando ainda estão amamentando.

Fizemos uma lista completa com as principais causas de atrofia vaginal.

    • Menopausa;
    • Período de Amamentação;
    • Pós-parto;
    • Disfunções como a Diabetes não controlada;
    • Cirurgia para remoção dos ovários;
    • Falta prolongada de contato íntimo;
    • Estresse;
    • Quimioterapia;
    • Doenças imunológicas;
    • Disfunção hipotalâmica;
    • Uso de remédios (principalmente para o tratamento do câncer de mama)
    • Tabagismo

Sintomas

Na menopausa, os sintomas são, muitas vezes, naturalizados pelas mulheres, ainda sendo um tabu. Por isso, é importante que você fale abertamente com sua médica sobre os sintomas, para que o tratamento seja o mais correto para a sua condição.

É preciso entender mais e saber que esses sintomas não significam que você precisa sofrer com eles. O seu médico pode te indicar as melhores formas de combater os sintomas e restaurar o bem estar de cada paciente.

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Dores,
  • Incômodos na relação,
  • Secura,
  • Coceira,
  • Queimação,
  • Secura,
  • Prurido vaginal,
  • Irritação vaginal,
  • Diminuição do interesse sexual,
  • Sangramento na relação,
  • Infecções urinárias ou vaginais recorrentes e
  • Palidez da mucosa vaginal.

Se você tem qualquer um dos sintomas apresentados acima, deve procurar um médico. Nunca tente se autodiagnosticar, ou se automedicar. Um profissional da saúde vai saber avaliar todos os seus sintomas, solicitar os exames necessários para poder identificar o que está acontecendo com você e te receitar o melhor tipo de tratamento.

Como identificar a atrofia vaginal?

Uma vez que você apresente algum dos sintomas relacionados acima, ou sinta qualquer alteração no seu corpo, o ideal é buscar sempre a orientação médica.

A partir da avaliação dos seus sintomas, o médico pode identificar todas as possíveis patologias dentro do que você está passando e então pedir exames para conseguir determinar exatamente qual a causa dos seus sintomas.

Entre os exames que o médico pode solicitar estão papanicolau, exame de urina ou dos níveis hormonais, ultrassom, ou análise do pH vaginal.

Importante é não deixar que essa condição siga sem tratamento por muito tempo, aceitar que seja problemas comuns. O tratamento, quando feito de forma precoce, tende a apresentar resultados ainda melhores. Portanto a qualquer sinal que seu corpo te dê, de que algo está errado, busque um profissional sério e de segurança, que esteja disposto a te ajudar a manter sua qualidade de vida.

Tratamento

A atrofia vaginal tem sim solução, e inclusive, pode ser tratada mais facilmente do que você pensa. Busque um ginecologista da sua confiança, para que ele possa avaliar todas as suas condições, e entender qual o melhor tratamento para você.

A reposição hormonal, a utilização de lubrificantes e os procedimentos como laser íntimo, radiofrequência e LED podem recuperar a qualidade de vida e o conforto do dia a dia.

Porém, o tratamento deve ser sempre indicado e acompanhado por um ginecologista. É possível que o seu tratamento precise de alterações, ou ajustes, de acordo com os seus sintomas.

As visitas regulares ao ginecologista, e o acompanhamento desse profissional durante todo o seu tratamento, e até mesmo depois, é imprescindível, para garantir que o seu corpo esteja sempre saudável e que você tenha qualidade de vida.

Diálogo

É muito importante lembrar que o acompanhamento com um profissional é fundamental durante o tratamento. Porém, para que ele seja efetivo é muito importante que haja diálogo.

É imprescindível para a saúde e o bem estar feminino, que esses assuntos deixem de ser tabu, e possam ser discutidos. Procure uma médica da sua confiança, alguém com quem você se sinta à vontade para se abrir, conversar e falar de todos os temas.

Essa é uma condição que quando deixada sem tratamento pode influenciar até mesmo em atividades rotineiras como caminhar e praticar atividades físicas. Ou seja, não deixe a condição piorar e atrapalhar a sua rotina diária.

Busque a ajuda médica, converse com a sua ginecologista e entenda melhor a fase que você está vivendo, e o que pode ser feito para te ajudar a desfrutar da vida da forma como você quiser, sem incômodos.

Qualquer tipo de dor ou desconforto é algo que precisa ser investigado e tratado. Não é normal sentir dores nas áreas íntimas em nenhuma fase da sua vida. Por isso, se esse é o seu caso, saiba que você pode, e deve buscar ajuda de um profissional da saúde, para te ajudar e orientar durante o tratamento.

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Dra. Caticilene Botelho
Ginecologista | CRM/RS 28416

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