O envelhecimento e o ressecamento íntimo são partes naturais da vida, mas podemos suavizar esses efeitos e torná-los menos perceptíveis. Atualmente, há uma variedade de intervenções disponíveis para a região íntima, facilitando a escolha da opção que melhor se adapta às suas necessidades.
Quando falamos de falta de lubrificação íntima, não estamos tratando apenas de questões estéticas. Mudanças como o afinamento da pele vaginal, a redução da elasticidade, alterações no pH vaginal e na vascularização contribuem para a diminuição da sustentação na área, aumentando o risco de infecções geniturinárias, por exemplo.
Além dos sinais visíveis, o envelhecimento íntimo pode reduzir a lubrificação natural, causando secura, dor durante as relações sexuais e irritação local. Essa perda de lubrificação não só afeta a autoestima, mas também pode impactar o relacionamento e a qualidade de vida.
O envelhecimento íntimo também pode estar associado a outros fatores além das alterações hormonais da menopausa, como pós-gravidez e parto, mudanças bruscas de peso e certos tipos de exercícios físicos que impactam a região.
É importante lembrar que, embora seja comum em mulheres acima dos 50 anos, o ressecamento íntimo pode ocorrer em diversas idades.
Felizmente, a ginecologia oferece diversas opções de tratamento. As orientações iniciais geralmente incluem higienização e hidratação íntima adequada, além de medidas preventivas. Até 80% das mulheres podem experimentar ressecamento na região íntima durante a menopausa.
Os tratamentos disponíveis vão desde hidratantes com ácido hialurônico para o canal vaginal e hormônios locais até injetáveis íntimos com ácido hialurônico e tecnologias avançadas que promovem lubrificação, elasticidade e vascularização. Os produtos utilizados na região íntima devem ser à base de água, livres de irritantes, álcool e metais pesados, e, preferencialmente, específicos para peles sensíveis.
Entre as tecnologias ginecológicas, opções como laser, radiofrequência, LED, ultrassom microfocado e campo eletromagnético podem ser usadas isoladamente ou combinadas com outros procedimentos, dependendo da gravidade e da avaliação individual.
É importante destacar que a manutenção de um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e a cessação do tabagismo, pode ter um impacto positivo na saúde íntima das mulheres durante o envelhecimento.
À medida que envelhecemos, é fundamental prestar ainda mais atenção à saúde íntima. Compreender as mudanças hormonais e físicas que ocorrem durante o processo de envelhecimento e buscar orientação médica adequada são passos essenciais para garantir uma vida íntima saudável e gratificante.
Dra. Caticilene Botelho
